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Fiscalização noturna constata irregularidades no Hospital Gênesis, em Fortaleza

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23.01.2025

O serviço de Enfermagem é essencial dentro dos serviços de saúde, tanto no setor público quanto no privado. No entanto, os profissionais de Enfermagem frequentemente enfrentam cobranças desproporcionais, sendo exigidos a entregar resultados não apenas para seus locais de trabalho, mas também para a população em geral.

“Dessa forma, o peso das responsabilidades acaba sendo exacerbado e desproporcional ao investimento em pessoal necessário para garantir a qualidade na assistência da Enfermagem de forma adequado”, explica a presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE), Natana Pacheco, durante fiscalização noturna realizada nesta quarta-feira, 22, no Hospital Gênesis, em Fortaleza.

Durante a fiscalização foi constatada a ausência de enfermeiro no centro cirúrgico, que é composto por sete salas cirúrgicas e nenhuma delas possui a supervisão de um enfermeiro. Além disso, a Central de Material e Esterilização (CME) também não conta com a presença de um enfermeiro responsável.

A Lei 7.498/86, que regulamenta o exercício profissional da Enfermagem, determina que as atividades dos técnicos e auxiliares de Enfermagem devem ser supervisionadas por um enfermeiro. “Aqui verificamos esse gravíssimo descumprimento do código de ética”, reforça a presidente.

Foi identificado ainda a sobrecarga de trabalho dos profissionais, que se revezam entre setores e não possuem uma escala de trabalho fixa. “Há sempre um remanejamento entre os postos de Enfermagem, o que causa déficit no atendimento e afeta diretamente a qualidade da assistência prestada”, explica a conselheira do Coren-CE, Stela Mara.

A coordenação do hospital será notificada e terá um prazo para realizar as adequações necessárias. Caso não haja retorno, o Coren-CE tomará as medidas cabíveis para garantir o cumprimento da legislação vigente.

Fonte: Ascom Coren/CE