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Final de semana marcado pela violência contra profissionais

Dois novos casos de agressões contra a profissionais técnicos em Enfermagem foram registrados neste final de semana no Ceará. O Coren-CE repudia a violência sofrida e cobra a punição dos agressores

19.11.2018

O final de semana foi marcado pela violência contra profissionais da enfermagem em hospitais cearenses. No sábado (17/11) o técnico em Enfermagem Rodrigues Júnior, que trabalha no Hospital Regional Dr. Pontes Neto, em Quixeramobim, foi agredido pelo acompanhante de uma paciente que estava em atendimento. Já ontem (18/11) uma técnica em Enfermagem foi espancada pela mãe de uma criança que se encontra internada na UTI Neonatal do Hospital Geral Dr. César Cals, em Fortaleza. A vítima, que registrou Boletim de Ocorrência no 14º Distrito Policial, irá passar por cirurgia para corrigir a fratura na mão decorrente das agressões.

Os dois casos ocorridos no último final de semana somam-se às diversas denúncias de agressões físicas e verbais que, diariamente, chegam ao Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE) através da ouvidoria do órgão. Somente neste ano já foram registradas 12 denúncias de agressões físicas contra profissionais da enfermagem. O número já é maior que o total de casos registrados em 2017, quando 9 profissionais denunciaram as agressões sofridas em todo o Estado.

A crescente onda de violência nas unidades hospitalares refletem dois problemas que afetam a política de Saúde Pública: os cortes nos investimentos em Saúde e, consequentemente, a precarização dos serviços em hospitais e Unidades Básicas de Saúde; além da falta de investimentos na segurança destes locais. “Profissionais e pacientes estão inseguros. É isto que os dados nos apontam quando presenciamos o aumento das agressões contra os trabalhadores e os vários casos de invasões hospitalares também”, analisa a presidente do Coren-CE, Ana Paula Brandão.

Ana Paula explica, ainda, que o fato de os profissionais da enfermagem serem os mais agredidos está atrelado, sobretudo, a própria natureza da profissão. “Somos a linha de frente do atendimento, seja ele no SUS ou na rede privada. Somos os responsáveis pelo acolhimento, pela triagem na classificação de risco e, consequentemente, os que estão mais expostos a revolta e a violência por parte de pacientes e acompanhantes”, analisa a presidente tendo como base as denúncias que chegam ao Coren-CE. Elas apontam que a principal motivação para as agressões é a demora e a fila para atendimento.

Diante do crescente número de casos o Conselho analisa as medidas a serem tomadas no combate e na prevenção das agressões. “Observamos que os profissionais espancados passam por uma situação de extrema fragilidade e isso faz com que eles se sintam perdidos em relação ás medidas cabíveis, portanto, vamos lançar ainda nesta semana o Plantão Coren que irá funcionar durante os finais de semana, quando a nossa sede está fechada, para receber essas denúncias e orientar os profissionais como proceder logo após a agressão”, antecipou Ana Paula Brandão ao apresentar, ainda, uma campanha que será feita com foco nos usuários. “Queremos deixar claro que a violência não resolve, que a agressão é crime e que nós não vamos tolerar a impunidade”.

 

:: Sobre a agressão em Quixeramobim

Segundo relatos de testemunhas o técnico em Enfermagem Rodrigues Júnior foi agredido no último sábado (17/11) pelo acompanhante de uma paciente que já estava sendo atendida após tentar defender outra funcionária do Hospital das agressões verbais proferidas pelo referido acompanhante.

Maqueiros que estavam no hospital perceberam a confusão e seguraram o agressor, que ainda conseguiu se soltar, chutar o funcionário e correr. Ele foi contido pela Polícia Militar, que o encaminhou à delegacia, onde prestou esclarecimentos, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.

 

:: Sobre a agressão em Fortaleza

No final da tarde de ontem (18/11) uma técnica em Enfermagem da UTI Neonatal do Hospital Geral César Cals, em Fortaleza, foi agredida pela mãe de um paciente. Segundo informações da técnica violentada a agressão não teve nenhuma razão aparente. A mãe, que é usuária de drogas, teve um surto psicótico em decorrência da abstinência motivando a agressão que causou sérias lesões no corpo da profissional.

A técnica em Enfermagem registrou Boletim de Ocorrência no 14º Distrito Policial, em Fortaleza, e agora aguarda por cirurgia para reparar a fratura sofrida na mão. O afastamento inicial da vítima para se recuperar da agressão é de 60 dias.

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