Coren-CE e Sindsaúde apontam que falta de diálogo impacta assistência na Santa Casa


07.02.2025

O Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE), em mais uma ação conjunta com entidades de classe, esteve nesta sexta-feira (7) na Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza ao lado do Sindsaúde para atender às demandas dos profissionais de enfermagem.

Na foto, a conselheira diretora Sandra Valesca e a chefe de fiscalização geral Marylin Rabelo

A fiscalização foi motivada por denúncias do sindicato, que apontou constantes remanejamentos de técnicos e auxiliares de enfermagem entre os setores do hospital. Durante a visita, a conselheira diretora do Coren-CE, Sandra Valesca, esclareceu que a legislação permite o remanejamento, desde que seja acompanhado do devido treinamento. “A prática de remanejamento não é ilegal, desde que haja capacitação dos profissionais para os novos setores e o que embasa o profissional é o artigo 59 da resolução Cofen 564 de 2017 do Código de Ética. No entanto, identificamos a necessidade de aprimorar o diálogo entre a gestão do hospital e os profissionais para minimizar impactos na rotina de trabalho”, pontuou.

Os profissionais relataram que a constante mudança nas escalas gera instabilidade na assistência. “Não há supervisão para passar a rotina nem treinamento suficiente para que o enfermeiro assuma o setor sozinho com segurança”, disse uma técnica de enfermagem de plantão.

A chefe do Departamento de Fiscalização do Coren-CE, Marylin Rabelo, reforçou que, embora a legislação preveja que o profissional de enfermagem não pode se recusar a prestar atendimento, é essencial que a gestão da unidade estabeleça um planejamento mais claro. “Recomendamos que as escalas sejam formalizadas com antecedência, garantindo que os profissionais saibam com tempo hábil onde irão atuar dentro do hospital”, destacou.

A diretora do Sindsaúde, Wanda Duarte, acompanhou a visita e conversou com os trabalhadores, esclarecendo dúvidas e encaminhando demandas. “Os profissionais não são contra o remanejamento, mas reivindicam que ele seja feito de forma justa, organizada e com diálogo. Atualmente, a troca está sendo imposta sem um planejamento adequado”, afirmou.

A direção da unidade informou que os auxiliares de enfermagem estão fora da lista de remanejamento e que os treinamentos vêm sendo realizados há pelo menos um ano.

Como solução, o Coren-CE e o Sindsaúde sugeriram a organização prévia das escalas, garantindo a definição dos profissionais responsáveis por cada setor e dos coordenadores encarregados de orientar as equipes. Para ambas as entidades, é fundamental que a gestão assegure um ambiente de trabalho estruturado, visando a segurança da assistência prestada aos pacientes.

Fonte: Ascom Coren/CE

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