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Munean homenageia afrodescendentes na Enfermagem

Para o presidente do Corten-CE, Osvaldo Albuquerque Sousa Filho, a indicação da homenageada foi um consenso do plenário cearense

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06.11.2015

Você sabe por que as amas de leite aparecem nas fotografias sempre bem vestidas? Sabia que a missão Rockfeller, coordenada pela enfermeira norte-americana Ethel Parsons, excluía as negras do processo de formação de enfermeiras? Sabia que o primeiro homem a estudar enfermagem na USP era negro?

Essas e outras histórias vão ser contadas na nova exposição permanente do Museu Nacional de Enfermagem Anna Nery, em Salvador. A exposição “História da Enfermagem Brasileira: a contribuição afrodescendente”, aberta ao público no dia 24 de novembro. Será aberta também na mesma ocasião a exposição de curta duração, Maria Stella: mãe, enfermeira e imortal, contando trajetória profissional da baiana Maria Stella de Azevedo, mais conhecida como Mãe Stella de Oxossi que é enfermeira e durante anos atuou na saúde pública da Bahia.

Será inaugurado também um painel com um recorte da pesquisa Perfil da Enfermagem Brasileira, realizada pela Fundação Osvaldo Cruz, Fiocruz por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

O Conselho Regional de Enfermagem do C eará (Coren-CE), indicou para receber a homenagem a enfermeira Maria Jose do Espírito Santo.

Graduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem São Vicente de Paula da Universidade do Ceará em 1964. Especialista em Metodologia do Ensino e da Assistência de Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Ana Nery. Enfermeira do Hospital Universitário Walter Moura Cantidio da Universidade Federal do Ceara– Chefiou Clinica Medica / Centro Cirúrgico e Cirurgia cardio vascular. Implantou e chefiou as Unidades de Terapia Intensiva do HC e Serviço de Hemodinâmica. Na UTI implantou em 1974 a prescrição de enfermagem para todos os pacientes Iniciou a docência em 1982 na Universidade Estadual do Ceará – UECE no curso de Graduação em Enfermagem da disciplina Enfermagem Fundamental. Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará – UECE 1996 a 1999. Implantação e coordenação do projeto de extensão AIDS e a Universidade financiado pelo Ministerio da Saude, envolvendo estudantes das diversas áreas do conhecimento e comunidade . A militância em Organizações da Sociedade Civil data de 1989 como sócia fundadora do GAPA-Ce até 1994. Teve participação ativa no movimento Nacional de Luta contra a AIDS. No mesmo ano fundou o Núcleo de Integração pela Vida-NIV, organização não governamental sem fins lucrativos voltado para a prevenção e educação das doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. O voluntariado sempre esteve presente na sua trajetória assim como o respeito aos direitos humanos e a garantia dos direitos dos cidadãos. Voluntária dos Companheiros das Américas, Membro da Articulação Nacional de Movimentos e Praticas de Educação popular em Saude-ANEPS Experiências em desenvolvimento de Projetos Comunitários desde 1994. Oficineira. Desenvolvimento de Oficinas sobre Saúde e Cidadania para lideranças Comunitárias. Oficinas sobre o ECA – para adolescentes e adultos; Curso sobre Direitos Humanos para mulheres soro positivas; Conversas de Rodas com mulheres castanheiras, sobre família, violência urbana, discriminação, gravidez indesejada entre outros temas. Capacitação pedagógica para multiplicadores de informações Principais projetos comunitários- AIDS e o Trabalhador da Construção Civil , “O Taxista na Rota da Prevenção” – projeto desenvolvido no Ceara e Piaui.

Para o presidente do Coren-CE, Osvaldo Albuquerque Sousa Filho, a indicação da homenageada foi um consenso do plenário cearense, pela luta histórica que Maria José imprime na Enfermagem cearense, se tornando referência nacional e orgulho da profissão.