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Sobre uma enfermagem que constrói pontes

No interior cearense a enfermeira Ana Kalini Aquino não mede esforços para imunizar a população

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08.03.2021

A enfermagem que sempre encontrou pedras pelo caminho, há mais de um ano também ganhou notoriedade por construir pontes.

Essas construções bem que poderiam ser somente no campo da ciência: ponte entre o paciente e os cuidados; entre a doença e a cura; entre o nascer e o morrer. Mas, por “a Enfermagem ser guerreira”, como frisa a enfermeira Ana Kalini Aquino, essas pontes, muitas vezes, estão postas no sentido literal da palavra, de modo concreto, favorecendo a passagem para o socorro e para a esperança.

Terra de rincões, o Ceará “viralizou” na última semana através da publicação de um vídeo com um feito mais comum do que se possa imaginar. Nele, Dra. Kalini busca pedras no meio da estrada para que o carro possa seguir até um distrito de Pedra Branca, no interior do Estado, onde um paciente de 102 anos aguardava pela primeira dose da imunização contra a COVID-19.

A ponte que favoreceu a passagem da saúde foi construída muito antes que o momento exato daquele vídeo. Ela, na verdade, é constituída diariamente, quando as equipes de enfermagem se unem a demais profissionais para exercer o cuidado fundamental a manutenção da vida. Naquele dia, para além da pilastra da Dra. Kalini, a ponte contava, também, com a força de duas técnicas de Enfermagem, um agente de saúde e o motorista.

Lá do outro lado, após a passagem do carro, estava o pódio: outros 20 idosos, entre 80 e 100 anos, que, com base no bom senso e na análise técnica da equipe, agora reacenderam a chama da esperança. Imunizados com a primeira dose da vacina eles acreditam que essa pandemia há de acabar.

Práticas como a da Dra. Kalini só nos reforçam o orgulho que temos de ser a ENFERMAGEM.